Azedume

Ando meio azeda. A ponto de me irritar com "thrillers". Toda a vez em que acabo de ler um tijolaço do Jo Nesbo, tenho que me lembrar do perfeito "Headhunters", que ele criou. Sem Harry Hole, sem alcoolismo, sem amores complicados, família complicada, psicopatas tarados. "A sede" é mais um desses que se estende além da conta. 
"A farsa" tem título autoexplicativo pro leitor com um pingo de senso crítico. Prende? Sim. Mas os personagens são tão rasos quanto a trama - um grupo de amigas em crise quanto ao afeto que as une (tudo beirando os 30 anos, mas muito adolescentezinhas, comparando a quilometragem de conquistas amorosas) vai para um retiro espiritual no Nepal que é uma desculpa pra todo mundo se envolver com todo mundo. E a mocinha trabalha salvando animais domésticos de maus tratos. Só falta usar canetinha com perfume e decorada com pompom.
Desculpe, mas não se nasce Dashiel Hammett. Nem Agatha Christie.


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