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SERÁ QUE VALE A PENA?

  Uma obra na fachada do prédio fez surgir camadas de poeirinha bem fina nas estantes de livros. Essas partículas microscópicas já se infiltram entre as páginas, e, naturalmente, buscam abrigo em meus olhos, ouvidos e narinas. Eu me sinto vivendo dentro de uma descrição de Paul Bowles no deserto em  O céu que nos protege  (Alfaguara, R$ 42,70): olhos ressecados, garganta coçando, ouvidos empoeirados, um espirro sempre ameaçando explodir. Os livros terão de ser limpos, escovados e rearrumados sei lá quando. A obra vai demorar. Estão raspando tudo quanto é infiltração, passando cimento. Depois, vão emassar, lixar e pintar. Já imagino o quanto dará trabalho tirar tudo do lugar para a escovação e retorno às prateleiras. É claro que vai sobrar volume sem lugar, porque sempre aparece um novo para entrar naquele nicho. A bibliofilia começou na Antiguidade, diz a filóloga espanhola Irene Vallejo, autora do best-seller (lá fora)  O infinito em um junco – A invenção dos livros no mundo antigo  (

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